Page 48 - Reflexão sobre São José
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decisiva para fazer a promessa e confiar na ajuda do graça de Deus. Ele escolheu a última
possibilidade e, uma palavra de cada vez, guiou firmemente o noivo para fazer a promessa.
Vinte e cinco anos depois, o mesmo casal convidou meu ex-professor para celebrar a missa de
aniversário de casamento. Tenho certeza de que ele falou muito na homilia daquela missa de
aniversário.
Felizmente, a maioria dos casamentos é menos dramática e menos extressante do que isso. Mas
quem pode culpar o noivo por uma reação tão profunda à grandeza de sua vocação? Com efeito,
a vocação ao matrimônio é um compromisso total, uma partilha da cruz de Cristo e uma
verdadeira imagem da relação entre Cristo e a sua Igreja. O casamento como vocação deve fazer
os cônjuges tremerem diante da dignidade e nobre natureza de seu chamado.
Até mesmo nosso padroeiro, São José, sentiu medo com a perspectiva de sua vocação, conforme
indicado pelas palavras do anjo em Mateus 1,20. Quando São José teve que enfrentar o apelo
sublime para cumprir a missão singular que lhe fora confiada, de ser não só o marido de Maria,
mas também o guardião do Redentor, ele experimentou naturalmente o abalo. Por que não? Ele
não apenas descobriu que sua noiva havia sido escolhida para ser a mãe do Salvador, mas ele se
deparou com a possibilidade de ser o pai terreno do tão esperado Messias. São José reconheceu a
beleza daquele momento da história da salvação e teve plena e humildemente consciência de
suas próprias limitações e fragilidades. Verdadeiramente diante de uma vocação tão
maravilhosa, não se pode deixar de tremer, mesmo por um santo como São José.
Embora nossa vocação como Oblatos de São José seja diferente daquela do casamento, sem
dúvida também experimentamos incerteza e inquietações em nossas vidas. Quando deixamos
de perceber todo o plano de Deus, podemos ter
medo de qual pode ser nosso papel nesse
plano.
Quando recebemos uma nova missão de
nossos superiores, um novo serviço na
Província ou Delegação, ou quando somos
solicitados a servir de maneiras muito fora de
nossa zona de conforto, podemos tremer e
imaginar que certamente essa tarefa não é
para nós. . Como São José, também podemos
questionar a natureza de nossa vocação e
missão. Mas, em vez de ficar paralisados pelo
medo, somos chamados, como São José, a
colocar nossa confiança no Senhor e a
encontrar a paz sabendo que a graça de Deus
nos acompanha ao longo do caminho.
De fato, enquanto imitamos São José na sua
proximidade com a nossa Mãe bendita,
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