Page 121 - Reflexão sobre São José
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É o culminar da profissão de confiança em São José: ele nunca trai as expectativas. Ele que
conseguiu "guardar", proteger e guiar Jesus e Maria, saberá fazer o mesmo conosco.
O Pai respirava o entusiasmo que circulava na Igreja a respeito de São José, especialmente
graças aos dois Papas de seu tempo: Pio IX e Leão XIII.
O Papa João Paulo II, na Redemptoris Custos, recorda com particular veneração a oração que
Leão XIII havia colocado na conclusão de sua encíclica, na qual se pede a São José que
continue sua missão de protetor, afastando de nós "a peste do erro e do vícios", ajudando-nos
"nesta luta com o poder das trevas", defendendo-nos "das ciladas do inimigo e de toda
adversidade". Ainda hoje - assegura-nos o Santo Padre – temos inúmeras razões para rezar da
mesma maneira [...]. Ainda hoje temos razões duradouras para recomendar todos os homens a São
José”(RC 31).
4. CONCLUSÃO
Para confirmar e concluir o que temos escrito até agora, gostaríamos de recordar as últimas
palavras do Pai aos Oblatos, contidas na última carta escrita a seus filhos em Santa Chiara,
dois meses antes de morrer: é como se fosse seu "testamento espiritual" para nós Oblatos.
É a Carta 321, escrita de Acqui ao Pe. Cortona, a 4 de março de 1895. Mais uma vez, estamos
na presença de uma situação muito difícil. Além dos graves problemas que existiam com a
Pequena Casa do Cottolengo de Turim, o maior sofrimento para os Irmãos de São José devia-
se ao clima de fofocas e críticas que se haviam espalhado pela cidade e que agora serpeavam
inclusive entre o povo, alimentado pela parte do clero que se aliara às razões da Pequena Casa.
As dificuldades econômicas eram sempre maiores porque entre os colegiais e caríssimos,
residentes em Asti e Frinco,
o número tinha chegado a 200. Os benfeitores, dada a situação e considerando a distância
física de Marello, preocupados, retiravam os empréstimos que haviam depositado.
Chegaram ao ponto de acusar os Irmãos de usar para si mesmos as ofertas destinadas aos
pobres.
Pois bem, em todo este clima de incerteza, preocupação e angústia, o Pai Fundador reconhece
que "os Irmãos de São José, no mês dedicado ao seu Patrono, mais do que em qualquer outra
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época do ano, imitando-o, miscent gaudia fletibus" . Mas não devem desanimar! Aqueles que
escolheram São José como seu Guia e Modelo de vida espiritual sabem que alegrias e tristezas
são os ingredientes com os quais a vontade divina é empastada. Por isso, imaginando saudar
seus filhos definitivamente, o Pai deixa para eles e para cada um de nós sua última
recomendação: Estai todos de bom ânimo sob o manto paterno de São José, lugar de refúgio seguro
“in tribulationibus et angustiis”.
Mais uma vez, a confirmação de uma vida e de uma espiritualidade totalmente entregue nas
mãos do grande Patriarca São José. Totus tuus!
Reflexões sobre s. josé 99