Page 120 - Reflexão sobre São José
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d) Levai-nos aonde a Divina Providência quer que cheguemos.
José tornou-se o perito da Providência. Ele que por primeiro tateou na escuridão, depois
aprendeu a reconhecer sua voz, ou melhor, seus sussurros, suas inspirações; e acima de tudo
aprendeu a confiar nela, a rever suas idéias e projetos, a enxertar seu discernimento nela
("enquanto pensava nessas coisas..."), "entregando-se" à suprema Vontade de Deus.
e) Seja longa ou curta a estrada
José nos ajuda a ter uma concepção diferente do "tempo de viagem", porque em sua vida há
um contínuo "recálculo do percurso": Deus nunca é previsível e justamente quando você
parece tê-lo compreendido, ele está pronto para surpreendê-lo e "estragar-lhe os planos".
f) Plana ou acidentada
A experiência de vida do Pai Fundador era agora tal, que ele podia olhar para o caminho
espiritual como a um misto de situações, algumas bonitas e outras difíceis, estradas planas e
sendas acidentadas. Por outro lado, atambém a vida do seu escolhido Padroeiro São José
tinha sido uma alternância de "dores e alegrias". Por isso, Marello olha "para o nosso bom papai
José que é o patriarca do povo em apuros e o consolador secreto em nossas dúvidas - (ele que esteve
em tantos apuros)" (L 86).
g) Vejamos ou não a meta com nossos olhos
Esta expressão põe em crise a nossa pretenção de “ter sempre ideias claras”, e fazer projetos
bem detalhados, para saber aonde queremos ir... No Evangelho, José sonha quatro vezes, mas
a cada vez o anjo traz um anúncio parcial, cada vez uma profecia curta, demasiado curta; e
no entanto, para partir e partir novamente, José não pretende ter tudo claro, e ver o horizonte
completo, mas apenas "toda a luz que for necessária para o primeiro passo" (H. Newman),
toda a coragem que for necessária na primeira noite, toda a força que for necessária para
começar.
h) Depressa ou devagar
Trata-se de medir os nossos tempos com o relógio de Deus!
As "peregrinações" de José, primeiro com Maria grávida e depois com o Menino Jesus, nunca
parecem ter tempos marcados. São "fugas" mas têm a "lentidão" dos tempos de Deus.
O Fundador também começou a "sonhar" com o nascimento da Companhia de São José já em
1872 (data da primeira carta ao Cônego Cerruti), mas teve de esperar mais 6 anos antes que
Deus decidisse fazer com que ela "viesse à luz".
i) Nós convosco estamos seguros de ir sempre São João Paulo II bem.
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