Page 146 - Reflexão sobre São José
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mais alta glória. De fato, Jesus Cristo, a Sabedoria eterna que veio a esta terra para glorificar seu
     eterno Pai Divino, passou a maior parte de sua vida escondido, dando à vida pública o suficiente
     para propagar sua doutrina e fundar a Igreja. Em segundo lugar, considerando a nossa fraqueza
     e o desejo inato que temos de aparecer, a vida oculta é a maneira mais segura de alcançar a
     perfeita retidão de intenção, condição indispensável para trabalhar com mérito.
     - A humildade atrai a bênção de Deus sobre nós e sobre as nossas obras, e é isso que edifica o
     nosso próximo, uma vez que a modéstia agrada a todos, até aos vilões.

     No  começo,  aqueles  nossos  bons  irmãos  entendiam  bem  pouco,  e  alguns  deles  nunca
     entenderam a preciosidade da vida escondida; então eles deixaram a Congregação para entrar
     no seminário, mas aqueles que, com a ajuda do Senhor, começaram a entender e a saborear a
     beleza desta vida escondida com São José e Jesus e Maria, tanto a apreciaram, que a preferiram a
     tudo o que o mundo poderia dar a eles. Esse era o pensamento que, como dito no início, amiúde
     repetia o pai: que ... os Oblatos de São José haviam de dedicar-se com empenho a imitar mais de
     perto a vida escondida de São José: "et vita vestra abscondita cum Christo in Deo".

     As referências à vida oculta podem ser encontradas no Manuscrito de Don Cortona também em
     5 outras páginas: II 8, II 10, II 11, III 13, IV 18.

       Filipenses 2,21: “todos na verdade buscam os próprios interesses, não os de Jesus Cristo”

     São Paulo, escrevendo aos filipenses (2,21), diz que Timóteo cuidava, realmente, dos interesses
     de Jesus, preocupando-se com a Igreja que estava em Filipos.

     São José Marello introduz a expressão "interesses de Jesus" na carta [83] ao cônego Giovanni
     Battista Cerruti, em Asti, 25 de outubro de 1872, que contém "o esboço de uma companhia de
     São José promotora dos interesses de Jesus". O mesmo nome "Compagnia di S. Giuseppe" será
     usado na carta de fundação (108.109). O Pe. Severino Dalmaso apresenta a carta - e a expressão
     ‘interesses de Jesus’ - como a inspiração proveniente da "fusão de três" altos momentos "vividos
     por Marello durante o Concílio Vaticano I, em Roma: o encontro privado com Pio IX na véspera
     de Natal de 1869, a proclamação da infalibilidade papal, a exaltação de São José [...]. ao serviço
     de toda a Igreja, como o Papa deseja e como fez São José com Jesus "[in: Biografia, pp. 490-491].



























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