Page 94 - Reflexão sobre São José
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estabelece  prioridades  em  tudo:  Deus  vem  primeiro  e  José  sabe  que  é  dependente  em  tudo.
     Depois vem a sua família. E há também a devida atenção a ser dada ao trabalho e aos clientes,
     para  serem  servidos  com  profissionalismo.  Amor  por  Deus,  pelas  pessoas  e  pelas  coisas,
     exatamente nessa ordem.

     Certamente Jesus observava, desde tenra idade, o comportamento e as virtudes de Maria e José.
     Ele espelhava-se neles e procurava imitá-los em tudo, de acordo com a sua idade, como diz o
     evangelista: "crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e diante dos homens" (Lc 2, 52).
     Sendo menino, era natural para ele seguir o pai até a carpintaria, interessando-se pelos vários tipos
     de trabalho que José fazia, observando com atenção e aprendendo a maneira correta de usar as
     ferramentas e realizar o trabalho exigido pelos clientes com precisão. E assim aprendeu a profissão
     de seu pai, merecendo o mesmo título de carpinteiro de José: "Este não é o filho do carpinteiro?" (Mt
     13,55); e "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão?" (Mc 6,3).

     O  nosso  "trabalho"  não  é  a  carpintaria,  mas  o  apostolado.  Devemos  dedicar-nos  a  ele  "com
     profissionalismo", com o "suor da testa", como se a salvação do mundo dependesse de nós. No
     entanto, sem arrogância ou má vontade, preguiça e minimalismo. Mas também sem ganância
     por melhores posições, como nos adverte o nosso Fundador: "À semelhança do grande Patriarca
     São  José,  se  tu  deverás  servir  a    Jesus  em  trabalhos  humildes  e  inferiores  aos  de  São  Pedro,
     pensarás que o humilde guardião de Jesus tem no céu um posto mais elevado do que o grande
     Apóstolo" (L 282). Tendo o modelo de São José sempre diante dos nossos olhos, poderemos fazer
     um grande bem às almas e, em primeiro lugar, às nossas.


     Refletir:
     Sou  prestativo, serviçal, disponível? Ou sou preguiçoso, indolente, pessimista no trabalho que me
     foi  confiado?  Ofereço-me  eventualmente  e  de  bom  grado  para  ajudar  os  meus  confrades?  Sou
     criativo no ofício que me foi confiado? Trabalho para ser elogiado e ganhar a benevolência dos
     meus superiores, ou para fazer a vontade de Deus acima de tudo? Estou feliz e alegre no meu ofício?
     Como é que as pessoas me vêem?































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