Page 129 - Reflexão sobre São José
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São José torna-se o guia seguro do nosso Fundador, em quê? Exatamente em tudo, por aquele
          princípio de totalidade que ele adotou... Mas analiticamente eu veria três áreas em particular: 1)
          guia nas relações com Jesus; 2) guia na vida espiritual (ou religiosa) propriamente dita; 3) guia
          na atividade apostólica.

          1) Guia nas relações com Jesus.

             Há nem mesmo um ano da sua ordenação sacerdotal, São José Marello escrevia numa carta
             maravilhosamente reveladora: "Ó glorioso Patriarca São José, não vos esqueçais de nós. Vós
             que, depois da Santíssima Virgem,  foste o primeiro a abraçar Jesus Redentor ao teu peito, sede
             para  nós  o  exemplo  no  nosso  ministério  que,  como  o  vosso,  é  um  ministério  de
             relacionamento íntimo com o Verbo Divino. Ensinai-nos, assisti-nos, fazeis de nós membros
             dignos da Santa Família" (L 37, in Epistolario, p. 157). Ordenado sacerdote a 19 de setembro
             de 1868, escreve essas palavras ao seu amigo Pe. Giuseppe Riccio, em meados de março de
             1869, ou seja, seis meses mais tarde. E destas palavras nasce toda a alma da sua devoção a São
             José. Aqui, irmãos, paremos um momento para meditar sobre a grandeza do coração de São
             José  sob  o  aspecto  desta  relação  íntima  com  Jesus:  uma  relação  que  é  comunhão  de  vida,
             partilha de intenções, troca de afetos sublimes, serviço de amor. São José Marello intuiu todas
             essas coisas nos primeiros meses do seu sacerdócio, compreendendo bem que através deste
             sacerdócio também ele deve viver uma relação ministerial de relação íntima com o Verbo Divino.
             É a vida sacerdotal intuída na própria missão de José: ministério de relação íntima com Jesus.

             Hoje, bem mais de cem anos depois, este ensinamento e este convite a viver dessa maneira o
             nosso sacerdócio é dirigido a cada Oblato de São José, sacerdote ou irmão.

          2) Guia na vida religiosa

             O Santo Fundador escolhia, dez anos depois (ordenado sacerdote em 1868 - fundador em
             1878, aos 34 anos de idade), para si e para os seus filhos, o modelo de vida religiosa: "o serviço
             de Deus na imitação de São José".  Ele expressou-se da seguinte forma: "Recomendemo-nos
             ao glorioso São José, guia e mestre de vida espiritual, modelo inatingível de vida interior".

             Mas, se quisermos, encontraremos nas suas expressões um aceno muito claro às virtudes
             próprias dos votos religiosos. À castidade, na sua carta 254, escrevendo a Don Cortona, ele
             convida os Irmãos "a aprender a linguagem dos santos, a não perder a pureza da vida, a não






















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