Page 55 - Reflexão sobre São José
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herdaria no sangue do seu filho Jesus. Assim, pequeno aos olhos do corpo, mas grande aos olhos
          do espírito, a Igreja já estava lá, junto de São José, quando ele era na Sagrada Família o guardião,
          o pai tutelar. (Cf. PIO XI, Alocução de 21 de abril de 1926; Stramare, La via di san Giuseppe, Ed.
          OCD, Roma, 2001, pp.92-93).

           "A Igreja o quer protetor – afirma Paulo VI – pela confiança inabalável de que aquele, a quem
          Cristo quis confiar a proteção da sua frágil infância humana, vqueira continuar do céu a sua
          missão protetora de guiar e defender o Corpo Místico do mesmo Cristo, sempre fraco, sempre
          atacado, sempre dramaticamente em perigo" (Cf. Paulo VI, Homilia de 19 de março de 1969).

          Protetor da Santa Igreja: é, diz São João Paulo II, uma invocação profundamente enraizada na
          revelação  da  Nova  Aliança.  A  Igreja  é  precisamente,  o  Corpo  de  Cristo.  Não  era  lógico  e
          necessário que ele, a quem o Pai Eterno confiou o seu Filho, estendesse a sua proteção também
          àquele Corpo de Cristo, que é a Igreja? Hoje a comunidade dos crentes espalhados pelo mundo,
          confia a São José e confia ao seu poderoso mecenato as suas necessidades na atual fase difícil da
          história. Ela invoca a vossa ajuda, ó admirável Guardião do Senhor: "Vós que defendestes Jesus
          Cristo, Vós que sois o protetor da Santa Igreja". (Cf. S. João Paulo II, Monterotondo, Homilias de
          19 de março de 1993).


          UM PROTETOR DE ATTUALIDADE

          A Igreja precisa sempre da intercessão de São José. "A sua proteção é uma defesa eficaz contra os
          perigos  que  surgem,  e  ainda  mais  um  grande  apoio  na  assunção  das  tarefas  da  nova
          evangelização.  Hoje,  quando  a  tarefa  de  evangelização  adquire  umA  particular  atualidade,
          exorto todos a confiarem esta obra com perseverança à intercessão de São José" (cf. S. João Paulo
          II, Roma, Discurso aos Fiéis da Diocese de Kalisz, 6 de novembro de 1997).

          Paulo  VI  convidou-nos  a  invocar  o  seu  patrocínio  "como  a  Igreja,  em  tempos  recentes,  está
          habituada a fazer, em primeiro lugar, com uma reflexão teológica espontânea sobre a união da
          ação divina com a ação humana na grande economia da redenção, na qual a primeira, a divina,
          é por si só suficiente, mas a segunda, a humana, a nossa, embora de nada capaz (cf. Jo 15,5),
          nunca é dispensada por uma colaboração humilde, mas condicional e enobrecedora. Além disso,
          a  Igreja  invoca-o  como  protetor  por  um  desejo  profundo  e  muito  atual  de  revitalizar  a  sua
          existência  secular  de  verdadeiras  virtudes  evangélicas,  tal  como  elas  brilham  em  São  José"
          ("Ensinamentos de Paulo VI", VII [1969] 1268; cf. Redemptoris Custos, N 30).

          Com toda a razão, portanto, "ainda hoje temos perdurantes motivos para recomendar todos os
          homens a São José" (Redemptoris Custos, 31), escreve São João Paulo II. "Este patrocínio deve ser
          invocado e é ainda necessário para que a Igreja não só se defenda contra os perigos emergentes,
          mas  também  e  sobretudo  para  confortar  o  seu  renovado  compromisso  de  evangelização  no
          mundo  e  de  reevangelização  naqueles  "países  e  nações  onde  –  como  escrevi  na  Exortação
          Apostólica "Christifideles Laici" – a religião e a vida cristã foram outrora tão florescentes", e que
          " agora estão sendo postos à prova". Para levar o primeiro anúncio de Cristo ou trazê-lo de volta
          para onde ele é negligenciado ou esquecido, a Igreja precisa de uma "virtude especial do alto" (cf.
          Lc 24,49; At 1,8), um dom certo do Espírito do Senhor não separado da intercessão e exemplo
          dos seus santos" (Redemptoris Custos, N. 29).



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