Page 154 - Reflexão sobre São José
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cordial,  num  apostolado  dirigido  a  todos  quantos  encontramos,  indiferentemente,  crianças,
     adultos, imigrantes, pobres, ricos, cristãos, muçulmanos, como Maria e José se ocuparam de
     Jesus  em  todos  os  lugares  por  onde  passaram:  em  Belém,  Jerusalém,  Nazaré  e  até  no  Egito,
     continuando a ser luz para todos, porque providenciaram o cuidado, o alimento e o crescimento
     de Jesus. Isso significa também ajudar os outros a  cuidar do Senhor, prover as necessidades
     espirituais e materiais daqueles que encontramos: dê um pedaço de pão a quem o pedir, roupas
     ou uma palavra de consolo e esperança. Podemos fazê-lo em qualquer lugar, mesmo no centro
     de Roma, onde não faltam os que vêm bater ao convento para comer uma refeição quente, os
     que param para rezar na Igreja de São Lourenço em Fonte ou se hospedam no hostel Marello.

     Nosso  apostolado  ocorre  principalmente  nas  escolas  e  paróquias  dos  Oblatos,  por  meio  da
     educação religiosa e moral dos jovens, mas cada momento da vida é uma oportunidade para
     manter Jesus em nós ou nos outros. O apostolado inspira-se e fortalece-se na vida de oração e de
     união com Deus: a própria vida consagrada é uma missão, como o foi a vida de Jesus.

     O serviço que prestamos nas escolas e nas paróquias pretende ser um sinal deste cuidado pessoal
     e comunitário e deseja também dar atenção ao cuidado do aluno, porque para nós representa
     Jesus, para nós, cuidar dos interesses de Jesus é cuidar do verdadeiro bem de quem está diante
     de nós, porque é do interesse de Jesus o bem da pessoa, da criança, do adolescente que frequenta
     o catecismo, ou que participa das aulas na escola, da família, com a qual procuramos manter
     uma relação, um diálogo contínuo, dos enfermos a quem levamos a Eucaristia, do grupo de
     jovens  que  dirigimos.  Em  todas  as  nossas  realidades,  além  da  casa  de  formação,  existe  pelo
     menos  uma  comunidade  que  atua  no  campo  pastoral  junto  com  os  Oblatos:  no  Brasil,  em
     Apucarana,  as  irmãs  colaboram  nas  pastorais,  no  centro  de  espiritualidade,  e  no
     acompanhamento vocacional na paróquia liderada pelos Oblatos; em Londrina, dirigem uma
     casa de encontros, e colaboram nas pastorais da paroquia dirigida pelos Josefinos de Murialdo;
     nas  Filipinas,  algumas  irmãs  ensinam  nas  escolas  dos  Oblatos  de  São  José,  outras  ensinam
     catequese; no Peru, em Manzanilla-Lima, as irmãs animam vários grupos de jovens e catequeses
     para  crianças  e  adultos  na  paróquia  dos  Oblatos,  uma  irmã  ensina  religião  em  uma  escola
     dirigida pelos Oblatos e há alguns anos em Lima abrimos uma comunidade que colabora em um
     paróquia e em uma escola diocesana. Na Nigéria, as irmãs colaboram na paróquia na pastoral
     catequética, juvenil e vocacional, na família, no hostel e na clínica, guiadas pelos Oblatos de São
     José.  Na  Itália,  além  de  cuidar  da  recepção  no  hostel  Marello  e  da  Liturgia  na  Igreja  de  San
     Lorenzo in Fonte, em Bari (Ceglie del Campo), eles colaboram na paróquia dos Oblatos através
     da catequese, da orientação dos coroinhas, da pastoral dos enfermos e famílias.

     É claro que a gratuidade e a pureza de coração e de intenção desempenham um papel decisivo
     no cuidado dos interesses de Jesus, porque é assim que Maria e José cuidam dele.
     Como Maria e José, somos chamados a alimentar Jesus e sabemos que o Senhor tem fome e sede
     de almas. Como Oblatas de São José, somos chamados a compartilhar com o Senhor o propósito
     pelo  qual  ele  mesmo  veio  entre  nós.  Em  tudo  o  que  fazemos,  para  com  todos  aqueles  que
     encontramos, não nos deixando levar por gostos ou desgostos, entre afinidades ou não com o
     caráter das pessoas, devemos cuidar dos interesses de Jesus, cuidar da salvação das almas, que
     era  o  interesse  principal  de  Jesus  ,  no  estilo  de  José  e  Maria,  com  sua  doçura,  atenção,
     preocupação, estando também dispostos a sofrer, "enquanto o Senhor for feliz".
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