Page 109 - Reflexão sobre São José
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São João Paulo II na sua Exortação Apostólica "O Guardião do Redentor" (15 de agosto de 1989),
          especialmente  no  n.  8,  pára  sobre  a  paternidade  de  São  José:  uma  paternidade  messiânica,
          humana e autêntica. "José é aquele que Deus escolheu para ser o "ordenador do nascimento do
          Senhor", aquele que teve a tarefa de providenciar a inserção "ordenada" do Filho de Deus no
          mundo,  no  respeito  das  disposições  divinas  e  das  leis  humanas.  Toda  a  vida  "privada"  ou
          "escondida" de Jesus é confiada aos seus cuidados".
          3.  Ó  glorioso  Patriarca  José  ...  Vós  que,  depois  da  beatíssima  Virgem,  foste  o  primeiro  a
          abraçar ao peito Jesus Redentor, sede para nós o modelo no nosso ministério que, como o
          vosso, é ministério de relação íntima com o Verbo Divino”.

          Esta é a oração confiante do nosso Santo Fundador na sua carta n° 37, a padre Giuseppe Riccio,
          em 19 de março de 1869. A relação de São José com o Menino Jesus, uma relação de intimidade,
          torna-se  "exemplar"  para  o  ministério  sacerdotal,  mas  diríamos  para  a  vida  de  cada  cristão,
          numa relação pessoal e íntima com Jesus.

          Acrescentamos a referência do Fundador à declaração sobre São José como  Patrono da Igreja
          Católica. Na carta, n° 64, ao padre Giuseppe Riccio de 17 de março de 1870 "antevigília do nosso
          Santo Patrono", escrita de Roma (estamos em pleno Concílio Vaticano I), ele sente-se envolvido
          naqueles "momentos em que a devoção ao Chefe da Sagrada Família está prestes a atingir o seu
          máximo  desenvolvimento  graças  às  petições  feitas  pela  Cristandade  aos  Padres  do  Concílio
          Vaticano". As petições para a proclamação de São José como Patrono da Igreja Universal foram
          de 38 cardeais, 153 bispos e 43 superiores gerais. Estes "momentos" foram para o jovem padre
          José  Marello  uma  ocasião  especial  para  a
          oração  e  a  devoção  a  São  José  "para  que,
          começando  a  exaltá-lo  nos  nossos  corações,
          possamos tornar-nos dignos de o ver em breve
          exaltado por toda a Cristandade com o título
          que se lhe está preparando de Patrono da Igreja
          Universal". Para ele, a espiritualidade Josefina
          só pode ser espiritualidade eclesial.

          Pensemos no art. 4 das nossas Constituições, o
          dos  "fins  apostólicos  da  Congregação".  No
          apostolado  dos  Oblatos,  São  José  será  "o
          exemplo  no  seu  ministério"...".  A  terceira
          finalidade é "a difusão da espiritualidade e da
          devoção a São José, com o testemunho de uma
          vida pobre e laboriosa e com o compromisso
          de tornar conhecido o Guardião do Redentor
          entre o povo cristão".

          Estas  foram  as  intenções  do  Ano  de  São  José
          que  a  nossa  Família Josefino-Marelliana está
          para concluir.

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