Page 139 - Reflexão sobre São José
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delineado o estilo de vida de São José, que ele irá propor a si mesmo e aos seus amigos, aos seus
Oblatos, bem como nos testemunhos da direcção espiritual.
Pela segunda vez na sua correspondência, dirige-se a São José com uma oração nos dias
anteriores à festa de 19 de março de 1869, numa carta ao seu amigo Pe. Giuseppe Riccio [L 37]:
Ó glorioso Patriarca José, não vos esqueçais de nós que vamos arrastando esta carne miserável em
dura terra de exílio. Vós que, depois da Santíssima Virgem, fostes o primeiro a abraçar estreitamente
ao peito o Redentor Jesus, sede o modelo no nosso ministério que, como o vosso, é um ministério de
relação íntima com o Verbo Divino; ensinai-nos, ajudai-nos e fazei de nós membros dignos da Santa
Família [...]. É uma oração que certamente faz parte da nossa herança espiritual: iluminou
gerações de Oblatos de São José. É a oração fundacional da espiritualidade josefina marelliana,
porque estabelece a essência de termos São José como exemplo: São José, como recita a oração, é
o exemplo no ministério que, como o seu, é ministério da relação íntima com a Palavra de Deus
feita homem, Jesus. Precisamente por isso – em perfeita simetria – São José é o nosso Mestre,
assiste-nos, protege-nos e introduz-nos dignamente na vida da Santa Família de Nazaré, isto é,
na plenitude da Sua Casa. E tudo isso é "relação íntima", uma intimidade emocional "Vós que,
depois da Santíssima Virgem, fostes o primeiro a abraçar estreitamente ao peito o Redentor
Jesus", e intimidade espiritual pelo que dissemos acima.
A terceira oração não é mais que uma invocação a São José, uma jaculatória: Sancte Joseph, ora
pro nobis, na carta 41 sempre ao seu amigo Pe. Giuseppe Riccio, escrita alguns dias depois – a 28
de março de 1869.
A quarta oração é como um selo, a tudo o que ele escreveu na sua extensa carta de 25 de Outubro de
1872 ao Cônego Giovanni Cerruti [L 83] sobre a fundação da Companhia de São José – vem depois de
todas as intenções e explicações dadas ao Cônego – os interesses de Jesus em particular, a construção
do Reino, os meios, as virtudes, os princípios – no fim vem a oração, o aspecto teológico que resume
e compreende tudo: Sancte Joseph Custos Jesu et Protector noster accipe nos comites tuos in ministeriis
quae in terris persolvere meruisti – São José,
guardião de Jesus e nosso protetor, acolhei-nos
como vossos companheiros nos ministérios que
merecestes cumprir nesta terra.
A quinta oração de São José Marello a São José,
contida no Epistolário, é para nós Oblatos de
São José: escrita ao Pe. Giovanni Battista
Cortona, é uma invocação a São José em
preparação à festa do santo no dia 19 de
março. Em 8 de março de 1891, São José
Marello, Bispo de Acqui, escreveu: “Portanto,
diremos ao nosso Grande Patriarca: Eis-nos
todos para vós, e vós sede todo para nós. Indicai-
nos o caminho, sustentai-nos em cada passo,
conduzi-nos aonde a Divina Providência quer
que cheguemos. Seja longo ou curto o caminho,
plaino ou acidentado, quer vejamos ou não a
meta com nosso olhar humano, depressa ou de
vagar, convosco, ó José, estamos seguros de ir
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sempre bem.” É a entrega a São José, e esta
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